Um dos três o seguiu até ao
calvário calado externamente, mas vulcânico interiormente. Quando interrogado
se era um deles. Negou. Sua negação fez o vulcão da verdade que morava em seu
peito entrar em erupção. Esse foi Pedro. Esse camarada mirou na cabeça do
soldado, errando, arrancou-lhe a orelha. Bom de pescaria, mas péssimo na
espada. Seu lema era: Ninguém mexe com meu amigo; Mexeu com meu amigo, mexeu
comigo. Esse é o Pedro! Conta-se que negou a crucificação tradicional, pois não
se viu digno de morrer como seu amigo. Seu pedido foi aceito. O crucificaram de
cabeça pra baixo.
Jesus não teve mais amigos por que
era impopular, é que amigos são poucos mesmos. Ser amigo é uma tarefa árdua.
Ser e ter amigos exige disponibilidade, algo raro nessa correria de vida que
nos embrenhamos.
Ser amigo é disponibilizar tempo e o que temos.
Ser
amigo é deixar o outro tão a vontade que ele não queira ser outro perto da
gente.
Ser
amigo é sofrer, quase, que proporcionalmente a dor do amigo.
Ser amigo é celebrar, alegrar-se
com a conquista do outro, como se fosse a dele. Ser
amigo é ficar abraçado e calado.
O
amigo ri até da piada sem graça, para que o amigo não fique sozinho no
constrangimento.
Amigo
que é amigo não foge da ferida do outro amigo.
Amigo faz que o amigo
se sinta bem ao seu lado.
Na vida temos poucos amigos e
somos amigos de poucos!
Um bom dia de contato, por via qualquer de comunicação, com um amigo.
Obs: Amigo que é amigo mesmo... avisa da meleca no nariz do amigo.
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