Não sei você, mas tive apelido em quase todas as fases da vida. Uns horrorosos, outros chatinhos, uns carinhosos e uns que não gosto nem de lembrar. Ontem mesmo, fui interpelado por um desses apelidos que me deu vontade de esganar o camarada. Centro de São gonça, maior tumulto, o cara abriu o bocão e mandou . . . . . . . .
Me pergunta o que eu fiz? Não respondi nada, passei fingindo que não era comigo. Peguei a reta e fui.
A ética da amizade não deveria permitir isso, né não? Fiquei com a caraça vermelha na hora.
Imaginem o nosso Jesus, recebendo o apelido de beberão e comilão. - Aê! lá vai o comilão. - Aê! lá vai o beberão.
Aí que está a parada, Jesus entendia que a intimidade andava de braços dados com a comunhão. Voltemos á mesa! E cá pra nós, existe alguma dúvida da melhor maneira de crescer em intimidade senão à mesa. À mesa rimos, conversamos, brigamos, discutimos, nos beijamos, estamos olho no olho e isso faz um bem incrível para os laços familiares. Nossa intimidade familiar estará comprometida se abandonarmos nossas mesas. Voltemos à mesa! Li em algum lugar que os Pais dinamizavam uma das refeições perguntando qual era o ponto baixo e alto do dia, ou da semana. E ali, iniciava um ponto de convergência para trocas de experiências. Voltemos à mesa!
Jesus valorizava muito a comunhão, a razão de preservar a mesa.
"aproximou-se dele uma mulher que trazia um vaso de alabastro cheio de bálsamo precioso, e lho derramou sobre a cabeça, estando ele reclinado à mesa".
Família é mesa. Lugar de derramamento mútuo.
Que possamos nos "derramar" sobre os nossos queridos.
Um dia de bom perfume pra você.
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